O post de hoje é em resposta a um leitor, que postou um comentário, e falou mais ou menos que quem curtia futebol ou outras coisas mais heteros, estava querendo ser hetero. Mais uma vez vemos a ditadura de padrões Gay querendo impor coisas.
O que ele não entendeu é que quis dizer, eu posso gostar de futebol e ser gay, eu posso não ouvir Lady Gaga e ser gay (eu ouço a Gaga também). Eu posso não querer seguir padrões de vestir, comportar, e etc que o mundo gay me impõe. Tenho padrões próximos ao hetero, ou melhor padrões diversos que tenho afinidade.
Alías, estamos a mais de uma semana debatendo isso aqui. O meio GLS é míope, tenta nós impor coisas, e o meio hetero também é míope, também tenta nos impor padrões gays. O gay que não segue padrões é recriminado, é olhado com nojo e até com raiva.
Não tem essa de e-nós queremos parecer hetero ou não, a pessoa deve ser respeitada da forma que é, e nasceu. Eu sou gay desde que nasci, na adolescência me descobrir, só mantive a minha primeira relação aos 26 anos quando me sentia seguro. Adoro esportes, não só futebol, e gostar disso ou me comportar dessa forma não tem nada de primitivo. E se eu também não gostasse de nenhuma das coisas que falei também não seria primitivo.
Primitivo é a falta de respeito do ser humano com as diferenças, primitivo é o meio gls que está na mídia não conjugar a palavra DIVERSIDADE, e saber que num grupo há pessoas com os mais diferentes gostos, opiniões, modos de ser e pensar.
Isso aqui não é uma guerra entre gays e heteros, nenhuma das duas partes é melhor que a outra, são sim formada de seres humanos imperfeitos, porque perfeito só Jesus quando passou aqui.
Então você pode gostar de Lady Gaga e jogar bola, você pode gostar da banda Sepultura e ter padrões gays. Isso aqui não é uma ditadura, na qual devemos seguir regrinhas infantis. Pessoas em primeiro lugar, futilidade que sejam jogadas fora.
Eu leio Revista Caras, mas ando de skate, surfo, jogo bola e toco rock. Porque teria que cortar meu cabelo diferente, me vestir com uma roupa apertada, e ter nojo de muita coisa só para dizer que sou gay. Ou somos seres humanos ou somos bonequinhos playmobil.
Já vi cara me olhar com nojo porque estava correndo na orla e suava, ai fico a pensar, será que na hora do sexo não cai nenhuma gota de suor dele? Eu não sou obrigado a correr 4 km e ficar sem suar e com cabelo espetadinho. Ou sou?
E outra minha vida não gira em torno de corpos, sarados, sexo e pênis. Sexo é muito bom, mas não pauta minhas relações de amizade. Isso sim é primitivo e limitado. E não sou obrigado a entrar numa roda com 5 caras ao meio dia, numa praia, e ficar apertando o pênis um para o outro para me auto-afirmar gay.
Ninguém aqui quer ser hetero, mas nós gays, que não seguimos padrões, temos o direito como os demais de sermos nós mesmos, termos nossos gostos e escolhas e não sermos abduzidos por um padrão que criaram para nos encaixar.
É tão infatil um cara deixar de me conhecer porque eu goste de futebol, ou vice-versa, ou só porque sou diferente. Imagina uma relação amorosa em que o parceiro faz mutilação das diferenças do outro? Relação seja de amizade ou amorosa, pode ser pautada por afinidade, mas também pelo respeito às diferenças, não deve ser conduzida com posse e ditadura.
É tão bancana quando a gente pode ter relações de amizade e conhecimento com pessoas de todos os tipos, com mais ou menos dinheiro, negras, brancas e amarelas, do asfalto e do morro, que pensam igual e diferente. Afinal o mundo evolui porque os pensamentos diferentes se juntam e constroem algo novo.
Viva a Diversidade.
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